Relatório da Randstad revela que requalificar colaboradores e construir banco de candidatos sólido são estratégias que contribuem para driblar cenário.
Mesmo em meio às altas taxas de desemprego em todo o mundo como resultado da pandemia da COVID-19, a escassez de talentos continua sendo um grande desafio para as companhias. De acordo com o relatório Tendências de talentos 2021, divulgado pela Randstad, empresa global de soluções de RH, no Brasil, 58% dos líderes de capital humano relatam que a escassez de talentos impactou negativamente sua organização - o maior total nos últimos cinco anos. Em escala global, esse resultado é de 40%.
Com base em uma pesquisa com 850 diretores e líderes de capital humano em 17 mercados em todo o mundo, o relatório Talent Trends fornece insights globais sobre as principais tendências de talentos que dominarão 2021, especialmente quando as empresas começarem a delinear planos de recuperação em resposta à pandemia.
O estudo revelou que 42% dos líderes de RH no Brasil ainda alegam escassez de profissionais qualificados na área de TI, enquanto 9% não conseguem encontrar candidatos aptos para funções de RH. No contexto mundial, os índices são de 40% e 28%, respectivamente, mostrando um aumento significativo na escassez para cargos de RH em relação ao cenário nacional.
Para Diogo Forghieri, diretor da unidade de negócios focada em soluções em atração de talentos da Randstad no Brasil, os empregadores enfrentam uma grande defasagem de talentos, mesmo com tantos profissionais disponíveis no mercado. “Os líderes precisam investir esforços na construção de uma cadeia de talentos sólida e na implementação de programas de requalificação de seus colaboradores, para que os times desenvolvam novas capacidades e agradem aos resultados da empresa”, comenta Diogo.
Para construir programas de requalificação e maximizar seu banco de candidatos, o relatório Tendências de talentos 2021 descobriu que muitas empresas estão recorrendo à análise de talentos para entender melhor o gasto e a utilização de recursos, além da disponibilidade de habilidades específicas dentro de sua própria organização. Para 96% dos diretores brasileiros, a análise de talentos desempenha papel fundamental na busca, atração, engajamento e retenção de bons profissionais, e 1 em cada 3 diz que começou a investir no método devido à pandemia - em nível global, este resultado cai para 1 em cada 5 líderes.
“A análise se tornou essencial para que as companhias entendam como seus recursos são usados e a disponibilidade de times qualificados dentro da própria organização. A partir dessa avaliação, é possível levantar informações que contribuirão de forma estratégica na aquisição de talentos”, analisa Diogo, executivo da Randstad.
Outro componente crítico da recuperação pós-pandemia citado foi a criação de forças de trabalho cada vez mais flexíveis. A pesquisa com líderes do mundo todo revelou que 70% reconhecem que a equipe é tão ou mais produtiva trabalhando em casa, enquanto, no Brasil, esse grupo representa apenas 53%. Quando questionados se veem os arranjos de trabalho flexíveis como quesito importante para atrair melhores talentos, a maioria considera que sim em ambos os cenários – 64% dos entrevistados globais e 84% dos brasileiros.
Segue abaixo um resumo das conclusões do relatório Tendências de talentos para 2021: