Mais da metade dos profissionais brasileiros tem interesse em trabalhar em posições que os permitam viajar a outros países

 

Levantamento da Randstad verificou que 88% dos entrevistados, em 34 países, acreditam que as viagens a trabalho podem ser positivas para a carreira 

 

As viagens internacionais a trabalho chegam à vida dos profissionais, na maioria das vezes, em um momento de maturidade da carreira. Essa rotina, no entanto, não é encarada por todos como algo positivo. O tempo longe da família e o desgaste devido a longas esperas nos aeroportos, entre outros fatores, são motivos para algumas pessoas simplesmente declinarem de empregos que exigem esse esforço.


Uma pesquisa realizada, no primeiro trimestre de 2016, pela Randstad, empresa holandesa de Recursos Humanos, entrevistou mais de 13.600 pessoas, e as questionou a respeito do interesse em aderir a uma carreira que inclui viagens internacionais. 


Quando perguntados se têm interesse em viajar ao exterior a trabalho, 60% dos brasileiros responderam que sim, ficando na 11° posição na lista que conta com 34 países. Os indianos são os primeiros entre os que concordam e somam 85%, com o México em segundo (80%) e a Turquia em terceiro (77%). Os participantes que menos desejam viajar a trabalho são os da República Tcheca (24%). A média mundial aponta que 53% optariam por esse estilo de vida. 


Os cidadãos que mais viajam a trabalho atualmente, segundo o levantamento, são também os indianos (67%), em segundo lugar os gregos (59%) e, em terceiro os malaios (47%). Os brasileiros são os décimos colocados no ranking dos que viajam mais a trabalho. Os húngaros são os últimos (9%). Globalmente, a média é de 28%.  


88% dos respondentes considera que viajar a trabalho agrega valor ao emprego. Neste quesito, 98% dos chineses e indianos e 97% dos mexicanos e malaios são favoráveis. Os entrevistados que menos acreditam que os deslocamentos internacionais são bons para a carreira são os japoneses (68%). 


A pesquisa revelou, ainda, que 52% das pessoas acham que viagens profissionais atrapalham a vida pessoal. Os brasileiros, por exemplo, chegam a somar 43%. Para se ter uma ideia, os mais radicais nessa posição são os poloneses, com 68%. Na outra ponta, os que menos se incomodam com esse estilo de vida são os gregos (32%). 


Por outro lado, entre os que mais gostariam de ter a oportunidade de viajar a trabalho estão os mexicanos (88%), seguido dos indianos (87%) e dos turcos (85%). Os brasileiros que demonstraram desejo de frequentar os aeroportos do mundo representam 71%, um índice alto. Os japoneses, por sua vez, mantêm-se avessos ao projeto de ter uma vida repleta de viagens profissionais, com 32%.