Durante toda a nossa infância, escutamos a frase: “O que você quer ser quando crescer?

Faz parte da nossa imaginação querer ser professor(a), bailarino(a), policial ou astronauta. No fundo, o que dizíamos querer ser, era na verdade um reflexo daquilo que nos fazia verdadeiramente felizes quando éramos crianças. E hoje, como adultos, quando olhamos para nossa carreira e vida profissional, não faz sentido que a profissão e o trabalho também tragam felicidade?

É verdade que alguns perseguem esses sonhos e realmente se tornam o que diziam querer ser. Outros reconhecem que era apenas uma ideia de criança... Acredito que, hoje, a maneira como olhamos para nossa carreira é exatamente isso - perseguir um sonho, mas ao mesmo tempo, ser capaz de perceber que o caminho que pensávamos querer seguir não faz mais sentido para nós. E a sorte é que vivemos em uma época em que isso é possível. O conceito de emprego vitalício já não existe. Hoje, existem projetos, ambições e sonhos que podemos realizar. Cabe a nós, profissionais, perseguir esses sonhos e criar oportunidades para realizá-los.

Falo em criar oportunidades, mas também reconheço que esse caminho é cheio de desafios, frustrações e exige esforço e dedicação. Mas acredito também que as empresas têm sua parte de responsabilidade nisso, e os resultados do estudo de Marca Empregadora da Randstad de 2023 confirmam exatamente isso. Empresas atrativas vão além de oferecer salários melhores; elas oferecem benefícios que vão muito além da remuneração mensal. Claro que nunca podemos ignorar o salário. Engana-se quem diz que ele não é importante; é sim, e acredito que continuará sendo um dos principais critérios de atração e retenção que as organizações não devem ignorar. Mas empresas atrativas também são aquelas que contribuem para a felicidade de seus colaboradores, e essa felicidade é construída ao promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, bem como oportunidades de desenvolvimento.

Portanto, falar sobre felicidade no trabalho não pode ser apenas uma utopia. Deve fazer cada vez mais parte da agenda das empresas como um tópico altamente estratégico. E mais do que isso, os profissionais devem reconhecer o esforço que as organizações estão fazendo para contribuir para sua felicidade. É por isso que falar sobre marca empregadora não pode ser apenas uma moda no mundo do trabalho nos dias de hoje, uma vez que falar sobre isso é criar um impacto positivo como empresa e marca empregadora, e isso tem um efeito real na atração, retenção e também na felicidade.

E se de repente, aos 30 anos, você quiser ser bailarino(a)? Por que não?

sobre a autora
joana semedo
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joana semedo

marketing & communications consultant, randstad portugal