Características que se destacaram no período da pandemia continuarão relevantes no pós

Liderar sempre exigiu habilidades e diferenciais para engajar equipes e alcançar resultados. A pandemia, porém, transformou as relações de trabalho e, consequentemente, o perfil dos líderes. Agora, mais do que nunca, quando falamos em liderança, precisamos ir  além do engajamento profissional e abranger também a necessidade de transformação que as empresas enfrentam e que precisam ser suportadas pela força de trabalho e, principalmente, pela liderança.

 

As organizações estão em busca de gestores que promovam transformações e que façam a diferença no dia a dia das equipes. É importante que esses líderes tenham o que chamamos de fit cultural com a empresa, ou seja, que eles se identifiquem com a cultura daquela organização.  Outros fatores como criatividade e gerenciamento das emoções dos colaboradores foram requisitos muito demandados na pandemia. 

 

Uma pesquisa conduzida pela Randstad mostra que dos contratados para cargos de liderança, 75% não permanecem na empresa por questões comportamentais ou de gestão, e não por falta de conhecimento técnico sobre a função.

 

Em alguns casos, os gestores não se adaptam. Mesmo possuindo domínio operacional, quando a questão é o relacionamento interpessoal, a tratativa pode ser mais complexa. A equipe pode ficar apreensiva com quem está chegando, não concordar com a gestão, entre diversos outros fatores que podem tornar o trabalho mais difícil.

 

Gestores que estão mais próximos de seus funcionários, mesmo com a distância do home office se destacam em tempos adversos como o provocado pela pandemia. Reuniões individuais e reconhecimento de pequenas conquistas, por exemplo, contribuem para o engajamento. Alguns detalhes como ligar para saber como o funcionário está, se precisa de alguma ajuda ou ter uma conversa, podem fazer muita diferença na rotina. É necessário mapear as dificuldades de cada um e encontrar as melhores soluções.

 

Cuidados redobrados com as equipes

Para lidar com este “novo normal”, de cuidados redobrados, em que o ambiente pode ficar mais estressante, é importante manter a equipe tranquila e segura. Esse papel não é só da empresa, mas também dos líderes. Nesse momento orientação é fundamental para que todas as regras sejam cumpridas e todos se sintam seguros. 

 

Também é importante entender o momento de cada um, quais suas principais preocupações e como é possível ajudar. 

 

Pós- pandemia

Acredito que os líderes de hoje já estão transformados e após a pandemia devemos perceber novas características. A pandemia capacitou pessoas, seja para enfrentar a crise, manter empregos ou atender novas demandas. No pós-pandemia as empresas precisarão reter os talentos que melhor se adaptaram, porque a capacidade de adaptar-se às adversidades está cada vez mais valorizada pelo mercado. 

 

Por Leticia Krauskopf, Líder da área de Professionals da Randstad Brasil