As mudanças radicais geradas pela pandemia têm dado origem a altos níveis de cansaço nos trabalhadores do mundo todo. Os vários surtos de coronavírus, o alto nível de incerteza, a crise econômica e as rotinas pessoais e de trabalho totalmente alteradas agravaram a situação durante todo o ano de 2021. 

Esse contexto pode ser o gatilho do “burnout” ou Síndrome do Esgotamento Profissional, um estado de extremo esgotamento físico e mental gerado pelas pressões e pelo estresse crônico no trabalho, algo que deve ser tratado por profissionais de saúde.

Em janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou o burnout como estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso. Antes disso, a síndrome ainda era considerada como um problema de saúde mental e um quadro psiquiátrico. Essa mudança exige das empresas um posicionamento mais proativo das empresas nas questões de saúde integral para mitigar os riscos. 

É preciso ficar atento aos sintomas e por isso, a equipe de especialistas em gestão de talentos da Randstad identificou as 5 principais características que podem apontar se uma pessoa está em um estado de extremo esgotamento ou sofrendo de burnout:

1. Ausência de motivação

Um importante sinal de burnout é a falta de motivação para realizar qualquer tipo de tarefa. A pessoa não tem energia e se aflige só de pensar em todos os compromissos e obrigações que deve cumprir, perde o entusiasmo e pode até sentir rejeição pelo trabalho e pela empresa para a qual trabalha.

2. Falta de concentração e dificuldade para tomar decisões

O extremo cansaço também pode levar as pessoas a enfrentar dificuldades para tomar decisões no local de trabalho. Uma decisão correta e eficaz requer grande esforço cognitivo, pensamento claro e alto nível de concentração, habilidades que são seriamente afetadas sob os efeitos do burnout.

3. Problemas de conexão e isolamento

O esgotamento também impacta no modo como nos relacionamos com chefes e colegas de trabalho, fazendo com que as pessoas afetadas tenham tendência a se isolar e a se tornar pouco colaborativas.

4. Frustração, irritabilidade e negatividade

O estresse crônico faz surgir o pior em cada um de nós: nos deixa irritados, negativos, mal-humorados e nos faz perder a clareza, afetando nosso discernimento. Qualquer problema de trabalho se torna pessoal, um comentário construtivo é visto como uma crítica negativa, minando o bom funcionamento das equipes e gerando constantemente situações que tencionam os relacionamentos.

5. Falta de resiliência

Outro fator que caracteriza o burnout é a falta de resiliência, isto é, a capacidade de superar um problema e sair fortalecido. É natural que um fracasso, uma má notícia ou uma crítica façam com que nos sintamos mal, mas se o mal estar ou a irritação persistir, isso indica que há algo mais que está afetando nosso desempenho e o relacionamento com nossos colegas.

É necessário estar atento aos sinais e, caso alguma situação associada ao extremo esgotamento seja detectada, é fundamental que haja acompanhamento da organização, apoio dos colegas, dos líderes e da área de Recursos Humanos, assim como a aceitação da pessoa que está passando por essa situação da necessidade de receber ajuda para adotar as ações necessárias para recuperar o equilíbrio e o bem-estar físico e emocional.

 

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