Sentir que sua área de RH está sobrecarregada e ainda longe de atuar de forma estratégica tem sido comum em muitas empresas. Afinal, lidar com os principais desafios do RH enquanto se busca mais eficiência e protagonismo é uma equação difícil de fechar.

Com turnover alto, escassez de talentos, novas tecnologias e expectativas crescentes dos colaboradores, o RH está no centro de uma transformação. Mas como responder a tudo isso com estrutura e visão de futuro?

Neste artigo, apresentamos os principais desafios do RH nas empresas hoje, além dos  caminhos possíveis para enfrentá-los, com soluções inovadoras que apoiam o RH em todas as etapas da jornada de gestão de talentos.

Quer se antecipar às mudanças? Acesse agora os estudos de mercado da Randstad e acompanhe as principais tendências do mundo do trabalho em primeira mão.

o papel do RH nas empresas

O RH é o elo que conecta pessoas, propósitos e resultados nas organizações. Esse setor tem a responsabilidade de alinhar as estratégias de talento às metas de negócio, atuando como parceiro direto da liderança e dos colaboradores. 

Quando o RH ocupa uma posição estratégica consegue antecipar necessidades, fortalecer a cultura organizacional e impulsionar o crescimento sustentável da empresa.

No entanto, essa visão ainda está em construção em muitas organizações. 

O estudo Talent Trends 2025, da Randstad, mostra que 90% dos líderes globais reconhecem que o RH é cada vez mais estratégico. Mas 69% afirmam que o departamento ainda é envolvido tarde demais nas decisões corporativas. 

Esse distanciamento entre o reconhecimento e a prática limita o potencial do RH de influenciar resultados e propor soluções que integrem tecnologia, dados e desenvolvimento humano.

Esse é, portanto, o primeiro desafio do RH a ser superado. É também o ponto de partida para enfrentar os desafios internos e específicos dessa área, que abordamos a seguir. 

os principais desafios do RH nas empresas em 2026

Mesmo com o reconhecimento crescente sobre a importância do RH para o negócio, ainda existem barreiras que limitam sua atuação estratégica. 

Em diferentes setores e portes de empresa, algumas dificuldades se repetem e comprometem o desenvolvimento sustentável do negócio. 

A seguir, apresentamos os principais desafios do RH atualmente e algumas ideias para superá-los.

resumo: os principais desafios do RH em 2026

  • turnover elevado: rotatividade impulsionada por falta de crescimento e ambiente tóxico;
  • falta de talentos capacitados: escassez de habilidades técnicas e comportamentais;
  • ausência de dados estratégicos: dificuldade para usar tecnologia e IA na atração de talentos;
  • baixo engajamento dos colaboradores: falta de preparo e conexão com o propósito da empresa;
  • pouca diversidade nas equipes: lacunas entre discurso e prática de inclusão;
  • falta de integração entre áreas: comunicação falha gera retrabalho e perda de produtividade;
  • erros em contratações estratégicas: decisões mal fundamentadas comprometem o negócio;
  • demissões mal conduzidas: falta de cuidado prejudica cultura e clima organizacional;
  • ausência de planos de carreira: profissionais deixam empresas por falta de perspectiva.
Infográfico apresenta os 9 principais desafios do RH nas empresas, como turnover elevado, falta de talentos e dificuldades de comunicação entre equipes.
Infográfico apresenta os 9 principais desafios do RH nas empresas, como turnover elevado, falta de talentos e dificuldades de comunicação entre equipes.

1. turnover elevado

alta rotatividade ainda é uma das maiores dores do RH. As causas estão diretamente ligadas à falta de perspectiva de crescimento e ao ambiente de trabalho. 

Segundo o estudo Workmonitor 2025, 31% dos profissionais deixaram seus empregos por não enxergarem oportunidades de progressão na carreira. Além disso, 44% pediram demissão após vivenciarem uma cultura tóxica.

Esse cenário gera impactos diretos na produtividade, na motivação das equipes e nos custos com novas contratações. Sem estratégias claras de retenção e desenvolvimento as empresas entram em ciclos contínuos de perda de talentos.

Para lidar com esse desafio, há vários caminhos. Para começar, o RH precisa atuar de forma proativa, com ações voltadas à construção de ambientes mais saudáveis, cultura de feedback e planos de desenvolvimento claros. 

Saiba mais: o que é um buddy program e como ele beneficia as empresas?

2. falta de talentos capacitados

Encontrar pessoas preparadas para as demandas técnicas e comportamentais (ou soft skills) das vagas continua sendo um obstáculo comum no mercado. 

Segundo um artigo da GV-executivo, revista da Fundação Getulio Vargas (FGV), 67% das empresas afirmam ter dificuldade ou muita dificuldade em encontrar candidatos capacitados no mercado. 

Durante a pesquisa, outras 45% disseram ter vagas em aberto justamente pela falta de profissionais aptos. 

Esse cenário, inclusive, está alinhado ao que mostra o estudo Talent Trends 2025, da Randstad: 32% dos líderes identificam a escassez de talentos como um dos principais desafios do momento. 

Ao mesmo tempo, os profissionais também impõem novas exigências: 44% dizem que não aceitariam um emprego sem oportunidades claras de qualificação, segundo o Workmonitor 2025.

Uma possível resposta para essas lacunas é a adoção de estratégias como upskilling (aperfeiçoamento de habilidades) e reskilling (requalificação para novas funções). 

Leia mais: como o upskilling e reskilling podem preparar sua empresa para obter sucesso no futuro

3. falta de dados para aprimorar a atração de talentos

A digitalização da área de talentos avança, e muitos RHs já adotam soluções baseadas em dados para melhorar a experiência dos candidatos e a assertividade das contratações. 

Segundo o estudo Talent Trends 2025, 41% das empresas utilizam automação para personalizar a experiência dos talentos. Outros 46% recorrem à inteligência artificial para mapear habilidades e identificar perfis com potencial de mobilidade interna.

Claramente, esses números refletem uma mudança positiva. No entanto, o avanço ainda enfrenta limites estruturais. 

Uma pesquisa divulgada pelo Meio & Mensagem mostra que 87,5% das áreas de RH não contam com especialistas em tecnologia, o que compromete a criação de estratégias bem definidas. 

Quase metade das empresas (47,2%) não tem nenhuma iniciativa formal voltada à IA, e 41,2% ainda estão nos estágios iniciais. 

Mesmo com bons exemplos no mercado, o uso de dados no RH ainda esbarra na falta de preparo técnico e na ausência de estratégias consolidadas. 

4. falta de preparação e engajamento de colaboradores

A desconexão entre empresa e colaborador tem impacto direto na retenção. Segundo o estudo Randstad Employer Brand 2025, 58% dos profissionais não engajados pretendem deixar seus cargos atuais, número mais que o dobro dos 20% que planejam sair entre os talentos engajados.

O engajamento está diretamente ligado a preparo e propósito. Sem investimento em desenvolvimento, o colaborador perde o vínculo com o negócio e busca oportunidades em ambientes mais estimulantes. 

No Brasil, algumas empresas já entenderam isso. Um exemplo é o iFood, que lançou um plano para formar 25 mil profissionais e impactar mais de 10 milhões de pessoas. 

Outro exemplo é o Mercado Livre, que lançou uma iniciativa para impulsionar a empregabilidade e formação profissional para jovens em situação de vulnerabilidade no País até 2030.

A lógica desse tipo de iniciativa é clara: em um cenário dinâmico e em constante transformação, o futuro acontece agora.

O desafio do RH está em garantir que todos, e não apenas alguns setores da organização, avancem nessa direção. Isso exige visão, estrutura e constância.

5. falta de diversidade nas equipes

Fomentar a diversidade ainda é um desafio recorrente para muitas empresas. 

Segundo o estudo Talent Trends 2025, apenas 28% das empresas têm programas de treinamento com foco em equidade. Enquanto isso, 59% dos profissionais dizem que suas organizações não têm iniciativas suficientes de inclusão.

A desconexão entre discurso e prática não passa despercebida. Os talentos das novas gerações estão atentos a esse tipo de incoerência. 

Nesse cenário, algumas organizações começam a adotar posturas mais consistentes. 

Para exemplificar, podemos falar mais uma vez do Mercado Livre. A empresa lançou um programa para formar profissionais com deficiência no setor de logística

A ideia é ampliar o acesso e promover a inclusão em uma área historicamente pouco acessível.

Acompanhe essa conversa no episódio “DE&I não é só discurso, é prática”, do o podcast da Randstad, disponível no YouTubeSpotifyApple PodcastsAmazon Music!

6. falta de integração e/ou comunicação entre equipes

Equipes que não se comunicam bem operam de forma isolada, o que gera ruídos, retrabalho e perda de tempo.

Em muitos casos essa fragmentação compromete entregas importantes e afeta diretamente a experiência dos colaboradores. A ausência de integração enfraquece o senso de pertencimento e prejudica a colaboração entre áreas.

Segundo o Workmonitor 2025, 83% dos profissionais acreditam que o senso de comunidade melhora o desempenho no trabalho. Ao mesmo tempo, 55% afirmam que deixariam o emprego se não se sentissem pertencentes.

Esse dado revela um alerta importante: a falta de conexão interna não é só um desafio operacional, mas também um fator de risco para a retenção de talentos.

7. assertividade na contratação para posições estratégicas

Contratar para cargos de liderança ou posições técnicas de alta responsabilidade exige mais do que preencher uma vaga. 

A decisão errada compromete resultados, desmotiva equipes e pode custar caro para a empresa. O desafio, portanto, é atrair candidatos com experiência, alinhamento cultural e potencial de impacto no negócio.

Nesse contexto, voltamos ao uso da tecnologia. 

Segundo o Talent Trends 2024, 97% dos líderes de RH afirmam que a adoção de tecnologia aumentou a atração, o engajamento e a retenção de talentos. 

Ainda assim, o uso de dados e ferramentas digitais precisa estar bem integrado à estratégia de recrutamento para evitar erros críticos nesse tipo de contratação.

Leia também: liberando o poder dos dados de RH: como a randstad capacita as empresas a encontrar talentos

8. demissões mal conduzidas

A forma como uma empresa encerra a relação com um colaborador diz muito sobre sua cultura e seu nível de maturidade em gestão de pessoas. 

Demissões mal planejadas, comunicadas de maneira insensível ou conduzidas sem o apoio necessário podem deixar marcas profundas, tanto em quem sai quanto em quem permanece.

Esse desafio se intensifica em contextos de reestruturação, mudanças estratégicas ou cortes em larga escala. Nesses casos, o impacto na moral da equipe, na reputação da marca e até na segurança jurídica da organização pode ser significativo. 

Mesmo em desligamentos individuais, a ausência de processos estruturados compromete a confiança nas lideranças e fragiliza o clima interno.

9. desenvolvimento de carreira

A falta de perspectiva de crescimento é uma das principais razões que levam profissionais a deixar seus empregos. 

Em um mercado em constante transformação, manter talentos exige mais do que bons salários. As pessoas buscam oportunidades reais de aprendizado, evolução e reconhecimento.

De acordo com o estudo Employer Brand Brasil 2025, 90% dos profissionais brasileiros consideram a requalificação importante. 

Esse dado reforça a urgência de criar ambientes que incentivem o desenvolvimento contínuo. Quando esse aspecto é negligenciado, a empresa não só perde talentos, como limita sua capacidade de adaptação e inovação.

como a Randstad pode ajudar a resolver os principais desafios do RH? 

Profissional de RH cumprimenta uma pessoa que faz parte da equipe de parceiros de RH durante uma conversa sobre as soluções para os principais desafios do RH.
Profissional de RH cumprimenta uma pessoa que faz parte da equipe de parceiros de RH durante uma conversa sobre as soluções para os principais desafios do RH.

Para superar os desafios da gestão de pessoas, é preciso ter estratégia, visão de futuro e acesso a soluções especializadas que realmente façam diferença no dia a dia do RH. Por isso, contar com uma parceira global como a Randstad é um diferencial competitivo.

Presente em 39 países e com atuação em todas as regiões do Brasil, a Randstad atende a grande maioria das empresas da lista Forbes 500. 

Uma dessas soluções é o Talent Advisory Services (TAS), um conjunto completo de iniciativas para apoiar o RH e sua força de trabalho em todas as etapas da jornada, do onboarding ao offboarding.

Alguns dos serviços oferecidos são:

  • construção das jornadas de onboarding e offboarding;
  • desenvolvimento de programas de capacitação para líderes e colaboradores;
  • elaboração de ações de avaliação e desenvolvimento contínuo;
  • realização de estudos de mercado sobre talentos, remuneração e engajamento;
  • definição de estratégias para diversidade e inclusão.

Quer entender como nossa solução de TAS pode ser o braço estratégico do RH da sua empresa? Fale com nossos especialistas e descubra o que a Randstad pode construir junto com você.

conclusão

Em um mercado onde tudo muda rápido, o RH deixou de atuar na retaguarda e passou a jogar na linha de frente. É esse setor quem assume a responsabilidade de construir ambientes mais humanos, produtivos e preparados para o futuro.

Mas, para isso, é preciso enfrentar os principais desafios do RH, uma tarefa que exige visão estratégica, agilidade e suporte qualificado e pronto para agir. 

Não se trata de seguir fórmulas prontas, mas de encontrar soluções que façam sentido para a realidade de cada organização, com tecnologia, dados e pessoas no centro das decisões.

Quer ter acesso a conteúdos como este? Inscreva-se na nossa newsletter e atualize-se mensalmente!